sexta-feira, 30 de outubro de 2020

mPeL_Educação e Sociedade em Rede (ESR) 2020


Reflexão Individual

A sociedade em rede ultrapassa os conceitos de sociedade de Informação e de Conhecimento. Tem na sua origem estes dois conceitos, mas vai mais além.

A definição é muito mais abrangente dado que se utilizam os meios digitais, mas não se limita aos mesmos pois criam-se redes humanas de interesses comuns que podem ser de grande complexidade. 

O espaço físico dilui-se sendo substituído pelo ciberespaço. A noção de sociedade em Rede é definida por Castells (2002) partindo do setor económico, da saúde, e chegando à educação,  e as implicações que as tecnologias tiveram na  produtividade em diversos setores, desde os anos 70 até aos 90 em que não se conseguia perceber como  podia ser aplicada com eficácia.

Teixeira (2012) analisa o autor e ao efetuar a transposição para a educação, refere que que os decisores educativos ficaram décadas agarrados à importância das infraestruturas tecnológicas e menos ao como saber estar na Rede. Esta abordagem confere-nos uma ideia aproximada das implicações em termos educativos que esta sociedade em rede acarreta. As universidades (algumas), já se encontram mais perto de um conceito de governança, já as escolas (análise pessoal), ainda estão agarradas à importância das infraestruturas(que não possuem) ainda que o ensino remoto tenha finalmente despertado esta comunidade educativa para as questões de como aprender a distância e, por conseguinte, à problemática de uma sociedade em rede.

Teixeira (2012) refere o papel que a Universidade tem nos dias que correm, deixando de ser “difusora de conhecimento” para passar a descentrar a comunicação do seu centro e criar o que denomina de ‘dinâmica de fluxo’(comunicacional), ou seja, em rede.

Todavia, não existem mutações que não acarretem aspetos positivos e negativos.

A sociedade em rede, como qualquer outra, permite diferentes utilizações mas o que sobressai  é a descentralização que nos parece ser  a pedra de toque da sociedade em rede. 

Esta sociedade  não se fecha sobre si própria nem é o fim de um percurso. Ela continuará a desbravar caminhos.

O que o Ciberespaço fez foi tornar visível o que já existia.

Trouxe outro desafios,que serão paulatinamente resolvidos...

O que consideramos ser fundamental é o incremento da consciência coletiva sobre estes desafios.

O que nos parece significativo são as vantagens que advêm deste tipo de sociedade e as respostas que conseguimos dar a todos os desafios.

Os algoritmos ( por exemplo nas redes sociais) podem ser considerados uma manipulação. Se por um lado nos facilitam a vida mostrando mais e mais acerca dos nossos interesses de momento, poupando-nos  a outras procuras, cabe-nos a nós criar novas pesquisas e interesses e não ficarmos fechados num ciclo.

Onde muitos vêm desvantagens, outros descobrem vantagens para o desenvolvimento e a emergência da criatividade.

Em suma, a sociedade em rede nos seus diferentes setores, advoga a interdependência de instituições e alteração dos fluxos comunicacionais, num movimento de ‘boomerang’ entre nós e a sociedade.

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